Internet
23-09-2016

O mau serviço da NOS Comunicações

LUÍS PAULO RODRIGUES

O meu serviço de fornecimento de Internet da NOS está muito mau há vários dias. Basicamente, está a funcionar a uma média entre 10 a 20 por cento da sua capacidade máxima contratada (20 Mb/s de download), segundo um documento assinado em meados de 2015.

Na semana passada, depois de vários dias com o serviço em baixo, reclamei e, ao fim de cinco dias de espera (outra coisa estranha na era digital e num país tão pequeno), um técnico da NOS lá conseguiu analisar o problema. Disse ele que não havia nenhum problema com as minhas máquinas, observando apenas que o meu dispositivo de receção estava apontado a uma antena colocada numa zona da cidade, a qual estaria com problemas, e que deveria apontar o dispositivo na direção de uma outra antena. E assim fiz.

Na verdade, a coisa melhorou, mas o serviço nunca ultrapassou os 50% do contratualizado (11.14 Mb/s de download foi a medição mais alta que consegui). Mas estas coisas são assim, “há perdas entre a antena e o dispositivo de receção do sinal”, explicou o técnico da NOS. Afinal, esta gente está treinada para todas as eventualidades.

O que está a tirar-me do sério é que o problema voltou. Estou praticamente sem Internet, o que significa que não consigo trabalhar quando necessito de mais espaço para transmissão de dados.

Portanto, vou ter que ligar outra vez para a moça do “call center” da NOS, que vai abrir um novo processo e vai dizer-me que, até cinco dias, um técnico irá analisar o problema, entrando em contacto comigo. Tudo isto numa chamada de valor acrescentado, o que é mais um verdadeiro escândalo.

A minha esperança é que talvez a deputada Mariana Mortágua possa trazer este assunto das chamadas de custo pornográfico para a ordem do dia. Porque, se pensarmos bem, uma avaria numa antena, dá para as operadoras de telefone e de Internet ganharem muito dinheiro só à custa das chamadas de clientes queixosos. Como eu.

Obs.  Na imagem, Miguel Almeida, presidente da NOS, fotografado por José Maia Ferreira, do jornal "Público".
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